O Tee, Tee box ou teeing ground é o ponto de saída de cada buraco em um campo de golfe. Possui marcadores que delimitam diariamente a área de onde se pode dar a tacada inicial – dentre os marcadores e da linha horizontal formada por eles até a distância equivalente a 2 comprimentos de um taco para trás. São normalmente os segundos em prioridade de manejo, depois dos greens. Sofrem grande injúria, pois os divots (pedaços de grama arrancados) se concentram em um só local e necessita de uma manutenção simples, porém agressiva.
Figura 1 – Tee Box (marcadores e seção permitida para a tacada).
Há mais de um tee para cada buraco e os mesmos estão dispostos em distâncias distintas, se adequando aos diferentes níveis técnicos dos jogadores.
É desejável que o tee esteja nivelado, com a grama cortada na altura desejada, sem scalping e com boa recuperação dos divots. Os marcadores são movidos diariamente, delimitando novas áreas em bom estado para a tacada inicial.
Figura 2 – Danos causados pelas tacadas nos tees – divots (pro tee durante o torneio PGA Verizon Heritage, no Harbour Town Golf Links, USA – dano intenso).
A recuperação dos divots começa com o próprio golfista que tem disponível em seu carrinho ou sua bolsa, uma garrafa de areia (no caso de campos com grama de clima quente) ou areia + sementes (no caso de campos com grama de estação fria), chamado divot mixture. Após a tacada, deve se adicionar areia ao divot e compactá-la até que se nivele com a superfície, tal fato acelera a recuperação da grama. A equipe de manutenção também realiza este trabalho diariamente. Em campos com alto grau de detalhamento, a areia é pigmentada de verde, um detalhe estético apreciado pelos golfistas.
Figura 3 – Reparo de divots com divot mixture (no caso em P. ryegrass – grama de clima frio).
Figura 4 – Balde de divot mixture – normalmente presente em tees de buracos Par 3.
Outro ponto importante na manutenção dos tees é a limpeza. Os tees (pregos plásticos que suportam a bolinha) devem ser retirados do local. As placas de grama soltas também devem ser removidas da área.
Figura 5 – Detalhe de divot e tee deixados sem manutenção.
Figura 6 – Detalhes de tee com vestígios do jogo do dia anterior.
Figura 7– Detalhes da marca do tee marker mantido no mesmo local (Alphaville Graciosa Clube – Curitiba).
O corte dos tees deve ser realizado de 3 a 5 vezes por semana e a altura é normalmente a mesma dos fairways, em torno de ¼ a 5/8 de polegada ou 6,4 a 16 mm. Devem ser cortados com máquinas helicoidais e o tamanho das máquinas (simples ou tríplex) é definido pelo acabamento estético desejado (largura das listras) e facilidade de acesso do tee.
Figura 8– Corte dos tees.
No mais, as outras atividades de manutenção seguem o planejamento do campo. Irrigação, adubação, pulverizações e eventuais operações de topdressing devem ser feitas com base na programação do campo ou necessidade.
Superintendente, lembre-se que o tee é a primeira impressão que o golfista tem do seu campo (com exceção do Driving Range). Se o ditado de que é a primeira impressão que fica também no caso dos golfistas, não decepcione-os.
Philipe Carvalho Ferreira Aldahir é engenheiro agrônomo formado pela UFLA e especilaista em gramados e campos de golfe.